Buscando uma revisão dos contratos de concessão das rodovias de Santa Catarina, a deputada estadual Luciane Carminatti (PT) se encontrará com o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, na próxima segunda-feira (15/2), em Brasília. No mesmo dia, a comitiva formada pela parlamentar e autoridades de SC realizará uma audiência com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), na qual serão debatidos traçado, recursos investidos, etapas dos projetos e valores de cada trecho do pedágio.
A deputada se empenha em reunir um grande número de representantes do Estado, com intenção de pressionar mudanças nos projetos de duplicação e concessão das rodovias federais (BRs 282, 470, 476, 153 e 480).
– Não se tratam de projetos faraônicos, estamos pensando com os pés no chão para garantir um projeto viável e ágil – afirma a deputada.
Coordenadora do grupo de trabalho criado na Assembleia Legislativa para discutir as propostas originais de concessão e novas alternativas, Luciane explica que há consenso entre a sociedade e a classe empresarial catarinense de que os atuais projetos implicam alto valor no pedágio e induzem o transporte ao Paraná, quando poderiam fortalecer o crescimento econômico de Santa Catarina:
– Será um grande momento para unirmos força e defendermos Santa Catarina, pois não queremos que o Estado seja apenas um meio de passagem. Nossa missão em Brasília é discutir a melhoria das estradas catarinenses de forma planejada e estratégica, com um projeto viável, adequado às necessidades e que fortaleça o desenvolvimento de todas as regiões – afirma.
Contrária à ideia de concessão e privatização de serviços públicos, Luciane defende que “o cidadão paga os impostos e tem direito a estradas em boas condições. Como não há alternativa para o momento, a não ser entregar a gestão das rodovias catarinenses à iniciativa privada, pelo menos esperamos que as obras reflitam as demandas da população e do setor produtivo do Estado”.
– Queremos discutir também o trecho de São Miguel do Oeste a Chapecó, pois este ainda não está previsto no projeto, assim como a via de Irani a Campos Novos (BR-282 a 470), para criarmos um ótimo corredor e escoar produtos do extremo-oeste aos portos catarinenses – conclui a deputada.
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