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Pioneiro de Cunhataí relata avanços e conquistas ao longo dos anos

Seu Ademar como é carinhosamente chamado, hoje com 71 anos, nasceu na comunidade de Linha Barra Grande, sendo atualmente o morador mais antigo da localidade

Geral - 28/07/2017 09:39
No último final de semana, a comunidade de Linha Barra Grande, interior de Cunhataí, esteve em festa para comemorar mais um aniversário de fundação. Como já é tradição, a festa contou com ampla participação das famílias de Cunhataí dentre elas, a de Ademar Weberich, filho de pioneiros do município. Seu Ademar como é carinhosamente chamado, hoje com 71 anos, nasceu na comunidade de Linha Barra Grande, sendo atualmente o morador mais antigo da localidade. Seus pais vieram de Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, no ano de 1931, se estabelecendo na comunidade. Tiveram cinco filhos, todos nascidos na Linha Barra Grande.A família Weberich foi a primeira a chegar em Cunhataí, instalando-se na Linha Barra Grande. “Na Linha Cachoeira, Palmitos, já haviam famílias que chegaram em 1930. Em 1933, 1934 chegaram mais algumas famílias para morar na Linha Barra Grande”, comenta seu Ademar. Nestes primeiros anos, eram cinco famílias residindo na comunidade. Ao recordar o passado, o filho de pioneiros, destaca que na época de desbravamento área dos municípios de Cunhataí e São Carlos pertenciam, à a Chapecó. Ele lembra que a colonização dos territórios foi dividida conforme a religião dos imigrantes alemães: católicos em Cunhataí e São Carlos, evangélicos em Palmitos e Cunha Porã. “Depois, acabaram se misturando”, brinca.
Ao ser questionado sobre os desafios da antiguidade, Ademar afirma que no começo haviam muitas dificuldades. “O moinho, por exemplo, era só em Palmitos; para chegar até lá, era preciso percorrer 18 km, com bois e carroça, em estradas abertas rudimentarmente, em meio à mata cerrada. Até São Carlos, a primeira estrada, que passava por Palmitos, mais que duplicava o percurso: 37 km. Esse acesso foi usado até 1940”, relembra.
A saúde também foi apontada como uma das dificuldades enfrentadas pelas famílias, pois era necessário se deslocar até São Carlos, onde havia um dos únicos hospitais na região. Escola já havia na Linha Barra Grande, pois a mesma fora instalada na igreja da comunidade. “Quando viemos morar aqui, na Linha Cachoeira, já havia um comércio”, afirma. Ele recorda também que as estradas, aos poucos, foram sendo abertas a picão e com os bois. Um dos novos caminhos dava acesso para São Carlos, passando pela Linha Bela Vista, o que encurtou o trecho de estrada.
Hoje, olhando para o atual contexto, o idoso lamenta o êxodo rural. “Mesmo que sendo atualmente uma das mais fortes do município nossa comunidade sofreu com o êxodo rural, perdendo muitas famílias. Mas vendo essa festa hoje, podemos ficar felizes com a tradição sendo preservada. Tinha muita gente e foi um momento de comemoração do aniversário da comunidade, onde pudemos nos encontrar com os amigos”, finaliza.




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