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Varejo catarinense condena aumento de impostos sobre combustíveis

Reajuste impactará diretamente no preço ao consumidor, alerta FCDL/SC

Geral - 28/07/2017 09:59
 Mais uma vez o setor produtivo foi penalizado com o aumento de impostos, agora com o reajuste nos tributos sobre os combustíveis, anunciado nesta semana e autorizado para vigência imediata. A decisão, equivocada no ponto de vista da Federação das CDLs (FCDL/SC), só provoca a sobrecarga em segmentos como o varejo. "Não temos mais condições de arcar com aumentos de impostos para solucionar questões do governo federal, sabendo que os cortes necessários para enxugar a máquina não estão sendo feitos", alerta Ivan Tauffer, presidente da entidade.
O presidente da Federação destaca que a decisão do Governo Federal em aumentar os tributos sobre a gasolina, o etanol e o diesel tem o objetivo de arrecadar R$ 10,4 bilhões para cumprir a meta fiscal, estratégia com viés errôneo, na concepção das lideranças varejistas catarinenses. Ao elevar estes insumos, haverá repasse do custo do transporte no valor final dos produtos, que deverão chegar mais caros às prateleiras em pouco tempo.
Tauffer alerta que o brasileiro já sofre com o enfraquecimento do poder aquisitivo nos últimos anos, situação agravada e mantida com a atual crise política. A consequência disto é o inevitável efeito sobre quem está na linha final do consumo:o comprador. "O empresário não tem mais como absorver aumento de encargos tributários. Qualquer reajuste impactará no preço final, encarecendo os produtos e deixando os consumidores sem poder de compra", lamenta o dirigente.
O presidente da CDL de Riqueza, Douglas Naibo, destaca que o aumento do preço da gasolina é mais uma conta que o povo brasileiro vai pagar pela falta de responsabilidade e respeito dos governantes para com a classe trabalhadora, que é quem realmente segura esse país de pé. “Não importa a abrangência com que falemos, pode ser local, regional, ou a nível nacional, todos saímos prejudicados. Gasolina é também um combustível da economia. Todos precisamos, ou mesmo se não consumimos, somos afetados pelas suas alterações. É triste ver um país do tamanho do Brasil, auto sustentável, fazendo com que sua população pague pela gasolina um dos, se não os mais altos preços do mundo”, reivindica.
Para Naibo, é difícil lidar com essa situação de impotência perante as atitudes dos governantes.“Somos um grão de areia nessa praia, e tudo o que temos a fazer é continuar trabalhando, pagando esses preços absurdos e rezar para que tenhamos melhores opções de voto nas próximas eleições. Precisamos de governantes lúcidos, que realmente se preocupem com os brasileiros, não somente com poder e sigla partidária. O Brasil é grande demais para estar nessa situação, jogado às traças”, analisa.


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