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Justiça determina prisão de três PMs e de mais um homem suspeitos de assassinato em Lages

MP denunciou os 4. Eles são investigados por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Corpo da vítima foi encontrado em 1º de julho

geral - 20/09/2019 16:52

A Justiça de Lages, na Serra catarinense, determinou nesta sexta-feira (20) a prisão preventiva de três policiais militares e mais um homem. Eles foram denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pela morte de Erick Fernando Rodrigues de Campos, encontrado morto na cidade em 1º de julho.


Os quatro suspeitos são investigados por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e surpresa, e ocultação de cadáver. Além disso, dois dos policiais também devem responder por inserção de dados falsos, segundo a Justiça.


O 6º Batalhão de Polícia Militar, em Lages, informou que os mandados contra os PMs já foram cumpridos. Em nota, a corporação afirma que abriu inquérito policial militar em 11 de julho para investigar a morte da vítima e ajudou nas apurações da Polícia Civil.


O corpo da vítima foi encontrado com lesões na cabeça no Rio Caveiras em Lages. O Instituto Médico Legal (IML) informou que o homem tinha 25 anos e era natural da cidade serrana.


Investigação

A investigação chegou a um suspeito que tinha gravado um vídeo da vítima assumindo que tinha furtado a casa dele. Também foi apurado que em 28 de junho um carro da polícia esteve na residência da vítima. Nessa data, gritos foram ouvidos no local.


Em depoimento, o suspeito que gravou o vídeo confessou o assassinato e relatou que houve a participação dos policiais militares. Segundo a Justiça, um deles deu um golpe que deixou a vítima quase desacordada. Em seguida, o homem foi arrastado e agredido.


Já morto, ele foi colocado no porta-malas do carro do suspeito e levado até a localidade de Ponte Velha, onde foi jogado no rio.


Declarações de testemunhas, vídeos do sistema de videomonitoramento, reconstituição do crime, laudos periciais, interceptações telefônicas e a confissão do suspeito foram usados para provar a autoria do crime.



Decisão

A Justiça de Lages afirma que deixar os suspeitos em liberdade representa perigo de intimidação de testemunhas. Segundo o Poder Judiciário, nas interceptações telefônicas foram ouvidas conversas entre os denunciados sobre formas de escapar da investigação. Em algumas, eles deram a entender que pretendiam matar uma testemunha.


Os mandados de prisão preventiva dos policiais militares precisam ser cumpridos pelo comando do 6º Batalhão da PM, em Lages. O do outro suspeito, pela Polícia Civil.

Fonte: G1
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