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Apae de Palmitos completa três décadas de auxílio à famílias e inclusão social na comunidade regional

Atualmente a entidade atende aproximadamente 95 alunos de todas as idades, com diagnósticos de Atraso Global no Desenvolvimento, Deficiência Intelectual e/ou múltipla Transtorno do Espectro Autista

Especial - 13/10/2020 09:51 (atualizado em 13/10/2020 09:53)

Foto: Divulgação – Conforme Tatiana, atualmente a entidade atende aproximadamente 95 alunos de todas as idades.


A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE de Palmitos/SC, foi fundada em 27 de agosto de 1990 por Luiz Hilton Temp, Presidente do Lions Clube junto com outras pessoas voluntárias da cidade. Em 1991, foi criada a “Escola Especial Profª Celia M. S. Lucca,” inicinado o atendimento aos seus primeiros oito alunos. 

Conforme a diretora da Apae, Tatiana Schaefer Agustini, atualmente, a entidade atende aproximadamente 95 alunos de todas as idades, com diagnósticos de Atraso Global no Desenvolvimento, Deficiência Intelectual e/ou múltipla Transtorno do Espectro Autista. “A APAE tem como missão oportunizar ações em defesa aos direitos da Pessoa com Deficiência, prevenção, orientações, prestação de serviços, apoio às famílias, direcionados a melhoria da qualidade de vida dos usuários e suas famílias, bem como possibilitar uma sociedade mais justa e inclusiva”, afirma.

Tatiana destaca que, atualmente a associação tem como objetivo a manutenção da Escola Especial. “Além do caráter mantenedor, a Associação fomenta serviços e projetos que visam à prevenção de deficiências, à reabilitação e inclusão tanto no ensino regular quanto no mercado de trabalho, buscando assim promover nossos programas em sua plenitude”, destaca.


PARCERIAS FORAM FUNDAMENTAIS

A entidade conquistou ao longo dos anos importantes parceiros que auxiliam na sua manutenção e desenvolvimento. Dentre eles, temos a comunidade local (doações espontâneas, sócio-contribuintes, caixinha do troco Solidário colaboração nos eventos da entidade); projetos com recursos da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho (Marcenaria Educativa), Instituto Guga Kuerten – IGK (Piscina, sala de Integração Sensorial, Toldos de acesso), Banco do Brasil (Arte em Mosaico), Sicredi (estrutura metálica para uso em eventos, som,), Sicoob – Projeto Páscoa para todos,   Conselho da Comunidade (Brinquedos, testes psicológicos, dentre outros); Prefeitura Municipal, por meio das Secretárias de Saúde, Educação e Esporte e Assistência Social, Conselhos Municipais e FIA – Fundo da Infância e Adolescência e muitos outros parceiros que de várias formas ajudam na manutenção e criação de novos projetos e programas. 

Conforme Tatiana, a busca por recursos externos é de extrema importância para qualificar o trabalho desenvolvido junto aos usuários e suas famílias. “A APAE de Palmitos, em seus 30 anos de existência, teve a colaboração de centenas de pessoas que auxiliaram na construção desta história de lutas e superações. E hoje queremos agradecer a todos que colaboraram diariamente para continuarmos o trabalho da melhoria da qualidade de vida da Pessoa com deficiência”, finaliza.


EQUIPE E ESTRUTURA

A Equipe Técnica tem por objetivo promover a atenção integral e a melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência intelectual e/ou múltipla, articulando ações em três esferas: Saúde, Assistência Social e Educação.  A meta principal é promover o desenvolvimento global das potencialidades e possibilitar uma inserção social igualitária e autônoma. Na área da Saúde, os profissionais atuam em ações individuais e coletivas com o intuito de habilitar, reabilitar, promover saúde e bem-estar, além de prevenir deficiências por meio do Programa Prevenção. 

Segundo Tatiana, ao longo dos anos, por meio de projetos sociais, foi possível adquirir equipamentos e materiais para potencializar o trabalho dos profissionais, podendo ser desenvolvido o Método Pedia Suit, a Sala de Integração Sensorial e Piscina aquecida para Fisioterapia Aquática.


Foto: Divulgação – A Equipe Técnica da APAE de Palmitos-SC


ASSISTENCIA SOCIAL

Na área de Assistência Social, o intuito é a garantia de direitos da Pessoa com Deficiência. Pata tanto prestam-se serviços de orientação às famílias sobre benefícios e direitos garantidos por lei, contribuir na para a prevenção e proteção das situações de vulnerabilidade e/ou risco social, bem como ações de fortalecimentos dos vínculos familiares; realizar encaminhamentos para o Mercado de Trabalho. 


EDUCAÇÃO

Na área de Educação, a Equipe Técnica contribui por meio de assessorias no Ensino Regular Municipal, visando promover à inclusão da Pessoa com Deficiência no ambiente escolar e ofertar suporte aos profissionais e usuários. Atualmente, a Equipe é composta por: 1 Assistente Social, 2 Psicólogas, 2 Fisioterapeutas, 1 Terapeuta Ocupacional, 1 Fonoaudióloga, 1 Pediatra e 1 Psiquiatra, totalizando 177 horas semanais de atendimento na entidade.


EQUIPE PEDAGÓGICA

A equipe pedagógica da APAE é organizada em programas voltados aos atendimentos de Crianças, Jovens e Adultos com Deficiência Intelectual e/ou múltipla e Autismo. Atualmente a equipe pedagógica e administrativas é composta por:

Equipe Administrativa: 1 Diretora; 2 Coordenadoras Pedagógicas e 1 Secretaria.

Equipe Pedagógica e de Área de Educação: 11 Professoras de sala; 02 Professoras de Educação Física; 01 Professora de Artes. Equipe de Serviços: 02 Serventes; 01 Marceneiro.

Foto: Divulgação – A equipe da Apae agradece a todos que colaboraram diariamente para que a entidade continuasse com o trabalho da melhoria da qualidade de vida da Pessoa com deficiência.



ATUAL DIRETORIA – GESTÃO 2020/22

Presidente Sr. Aderjan Bortoli, Vice-presidente Sra. Margot Steffens Mior, 1ª Secretaria Sra. Itelvina Luiza dos Santos, 2ª Secretaria Sra. Aline Reinheimer, 1º Diretor Financeiro Sra. Mauricio Negri, 2º Sr. Diretor Financeiro Diego Cappellari, Diretora de Patrimônio Sra.  Mirta Wahlbrink, Diretora Social Sra. Cristiane Rosset. Conselho de Administração: Ivete Terezinha Spessatto Wagner, Fabio Junior Strapazzon, Alessandro Joaquim Miotto, Ildo Francisco Demarchi, Pedro Adelino Carneiro. Conselho Fiscal: Ivete Dacroce, Sandro Emilio Bée, Ana Cleuza Veitz Peretti, Suplentes: Faustino Legramenti, Veronica Ribeiro Pinheiro, Renato Becker. Procurador Jurídico: Sr. Adriano Luiz Perin.   




“A Apae se tornou um porto seguro para nós”

Fotos Arquivos Pessoais - Segundo a mãe, a Apae tem dado total assistência desde o início, o que foi fundamental para o desenvolvimento do filho.

Gessi Oliveira, mãe do aluno Nicholas, recorda apreensiva sobre o diagnóstico de autismo do filho, com 2 anos de idade.  “O Nicholas sempre foi um bebê muito diferente, ele não gostava de toque, não gostava de sair de casa, e começou a ter horas de choro, pelas consultas médicas, ele não tinha nada. Foi a minha filha, Bárbara, que naquele momento estava estudando psicologia, levantou a hipótese de que o Nicholas poderia ter autismo”, relata.
Conforme Gessi, Nicholas foi diagnosticado com Autismo Moderado/Grave, Epilepsia e Hiperatividade, com apenas 2 anos e 2 meses de idade. “Antes de receber o diagnóstico, a gente já levava o Nicholas na Apae, até já tinha sido realizado alguns acompanhamentos. Quando fomos a consulta e o médico passou o diagnóstico, nosso chão desabou, eu só conseguia pensar em quantos planos pra vida dele, ele estava perdendo. Após a consulta nós voltamos a Apae, porque a gente precisava de ajuda, e a Apae se tornou um porto seguro para nós, foi ali que eu percebi que, a gente não tinha perdido os planos, eles apenas haviam mudado de rumo. Eu por exemplo, iniciei a graduação em Educação Especial, hoje sou professora, e estou terminando a segunda pós graduação, tudo isso, para poder ter mais conhecimento e também ajudar meu filho”, lembra.
Segundo a mãe, a Apae tem dado total assistência desde o início, que foi fundamental para o desenvolvimento do filho. “O Nicholas frequenta a instituição como aluno há 5 anos, e em todo esse tempo, nós recebemos toda a ajuda necessária, e isso foi fundamental para o desenvolvimento dele. A gente percebia a mudança, quando ele ia nas aulas, ele ficava mais calmo, mais tranquilo, e quando ele não ia, ele ficava mais agitado. Hoje o Nicholas tem 7 anos de idade, e conforme os diagnósticos atuais, ele tem Autismo Leve, isso graças a instituição da Apae. Antes ele não permitia que ninguém tocasse nele, não gostava de ir onde tinha muita gente, e hoje, ele fala com todo mundo, participa das apresentações da escola, das atividades em grupo”, enfatiza.
Ainda segundo Gessi, hoje o Nicholas faz aula de teclado, violão e bateria. “Cada pessoa é diferente da outra, seja autista ou não. Muitas pessoas fizeram bullying com o Nicholas, na família, na escola, nas ruas. Mas em compensação, teve muitas pessoas boas, muitas pessoas que entraram na nossa vida para nos fortalecer, algumas dessas pessoas são da equipe da Apae, que sempre nos deram apoio e assistência, e avida é isso, um passo de cada vez, uma conquista a cada dia”, finaliza.  


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Fonte: Redação jornal Expresso d'Oeste
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