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Santa Catarina usou apenas 32% do estoque de vacinas para Covid-19

Secretário de Saúde apresentou os números aos deputados estaduais, que pressionaram pela lentidão e questionaram os procedimentos adotados pelo governo do Estado

Região - 11/02/2021 08:48

Foto:Divulgação


Das 298 mil doses da vacina recebidas até agora, pouco mais de 96 mil foram aplicadas em Santa Catarina, o que corresponde a 32,5% do estoque. Dos 295 municípios, apenas 18 deram início à aplicação da segunda dose.

Além disso, não há previsão para a conclusão das fases 1 e 2 da vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina, segundo o secretário.

As informações foram repassadas pelo secretário de Saúde de Santa Catarina, André Motta Ribeiro, aos deputados estaduais, nesta quarta-feira (10), sobre o ritmo da vacinação no Estado. A reunião foi uma proposição do deputado João Amin (Progressistas)

Titular da SES (Secretaria de Estado da Saúde), Motta Ribeiro disse que o total de primeiras doses aplicadas em SC era de 96.596 até aquele momento, sendo que a maioria delas foi aplicada nos profissionais de saúde. Eles receberam 85.502 doses, o que corresponde a 51,4% dos profissionais de saúde do estado.

Questionado pelos parlamentares sobre a velocidade da vacinação e de uma previsão para o término da primeira fase, o secretário disse que depende da chegada de novas doses. Ao todo, 2,8 milhões de pessoas estão listadas nos quatro grupos prioritários da vacinação no estado.

  • Veja a meta de vacinação por fase em SC:
  • Fase 1: 426.678
  • Fase 2: 844.644
  • Fase 3: 1.365.028
  • Fase 4: 166.289

A reunião com André Motta e os deputados foi realizada de forma virtual, pois o secretário está em Brasília para, segundo ele, buscar informações de calendário referente à vacinação.

“Para definir a data para terminar as fases 1 e 2, precisamos conhecer o quantitativo do Ministério da Saúde, mas isso é de distribuição internacional, os laboratórios estão distribuindo para os países, conforme a produção”, disse.

Motta Ribeiro também disse que quer cobrar as diferenças nos quantitativos por parte do Ministério da Saúde. Ele respondeu às indagações de 10 deputados durante a reunião, que foi conduzida pelo deputado João Amin.

Antes de responder aos deputados, o secretário fez uma breve apresentação, onde trouxe os números da vacinação do Estado. Foi quando ele explicou, por exemplo, a logística de distribuição da primeira remessa aos municípios em 18 de janeiro.

Segundo o secretário, Santa Catarina tem 1,2 mil salas de vacinação, porém, o quantitativo de doses recebidas até o momento ainda não foi suficiente para suprir a primeira fase.

“O quantitativo de doses que vem do Ministério da Saúde não veio completo, por isso, tivemos que fracionar a fase 1, definindo prioridades dentro da priori

Todas as doses da vacina produzida pelo laboratório AstraZeneca foram distribuídas aos municípios, segundo Ribeiro. Além disso, metade das doses da Coronavac também foi repassada, enquanto a outra parte ainda está em posse do Estado, conforme o secretário, para serem distribuídas posteriormente.

MP cobra dados sobre a vacinação

O coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), promotor de justiça Douglas Martins, também pediu uma reunião com representantes do Estado.

Na semana passada, a promotoria cobrou dados sobre a vacinação e a distribuição das doses aos municípios. A promessa era de que as informações fossem enviadas ao MPSC até a última terça (9), o que não ocorreu.

“Municípios precisam informar suas necessidades”

Santa Catarina tem 17 regionais de Saúde, que servem como pontos de distribuição das vacinas para os municípios retirarem suas doses. O secretário disse que é atribuição das prefeituras informar a quantidade de vacina que cada um precisa receber. O critério de distribuição é baseado nessas informações e priorizando os grupos preferenciais.

Questionado sobre a compra de vacinas, André Motta disse que é sempre um plano B, pois o Estado está alinhado ao Ministério da Saúde e ao PNI (Plano Nacional de Imunização).

“Se houver dificuldade e o Ministério da Saúde entender que há necessidade de participação do Estado, o Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), que tem fórum permanente, está organizado para fazer aquisições”, disse Motta Ribeiro.

Deputados questionaram uso da vacina e compra de doses

A deputada Luciane Carminatti (PT) questionou sobre a vacinação dos trabalhadores da educação, considerando o retorno às aulas no Estado.

O deputado Ismael dos Santos (PSD) perguntou porque o Estado não usa o orçamento de R$ 200 milhões – que está alocado na SES -, para investir na aquisição de vacinas.

Fonte: Governo do Estado de SC
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