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​Iporã do Oeste decreta situação de emergência devido a estiagem

Os prejuízos na agricultura somam quase R$ 14 milhões

Região - 06/05/2021 08:34



O Conselho Municipal da Defesa Civil de Iporã do Oeste esteve reunido na manhã de terça-feira (4), para avaliar os prejuízos que a seca prolongada tem causado para a agricultura, indústria e comércio do município.

Segundo o vice-prefeito, Valmor Reis, coordenador da Defesa Civil Municipal, diante dos dados apresentados, foi unânime a decisão do conselho para decretar situação de emergência.

A partir do decreto número 76, de 05 de maio de 2021, o município pode solicitar auxílios financeiros para minimizar as perdas, e o documento também dá maiores garantias para renegociação de dívidas pelos afetados pela estiagem.

O coordenador da Defesa Civil Municipal enfatiza que durante a reunião também foi discutida a importância de alertar a população, para a economia e o reaproveitamento de água, e a busca por alternativas para armazenamento de água, como fontes protegidas, poços artesianos e cisternas.

O transporte diário, que está sendo realizado com quatro caminhões da prefeitura, já ultrapassa os 150 mil litros de água para consumo animal, e mais 25 mil litros para consumo humano.

A demanda por transporte de água tem sido crescente diariamente, pois a irregularidade na quantidade e distribuição de chuva e os índices registrados são insuficientes para a reposição dos mananciais, comprometendo o abastecimento para consumo humano e, principalmente, o consumo animal, além dos prejuízos ao desenvolvimento das culturas agrícolas.

Conforme relatório de prejuízos apresentado pela Epagri, referente ao primeiro semestre do ano, os impactos da estiagem nos meses de fevereiro, março e início de abril se deram principalmente nas culturas anuais.

Lavouras de milho e soja safrinha foram fortemente prejudicadas.

Em relação às atividades pecuárias, os sistemas de integração (suinocultura e avicultura) não sofreram impactos significativos, a não ser pela necessidade de transporte de água.

A pecuária leiteira foi consideravelmente afetada. Além do baixo volume de silagem armazenado decorrente da estiagem na safra, o desenvolvimento das pastagens de verão foi prejudicado e o plantio de pastagens de inverno atrasou.

Considerando ainda o levantamento realizado pela Epagri no mês de abril, no milho safrinha a estimativa de perdas é na ordem de 50%.

Na soja safrinha as perdas são de 30%. Na atividade leiteira, em função dos impactos da estiagem, estima-se que a redução de produção seja na ordem de 20%.

Quando do levantamento no mês passado, os prejuízos na agricultura já somavam quase R$ 14 milhões, número de perdas que aumenta consideravelmente.

Além dos prejuízos da estiagem, o ataque de pragas e seus danos contribuíram consideravelmente na redução de produtividade das lavouras.

Fonte: Ascom
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