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Saúde alerta sobre perfil dos casos confirmados de dengue em SC

Já foram confirmados 1.731 casos da doença no Estado

Geral - 20/03/2023 10:05


Foto: Imagem Ilustrativa - O registro da doença nessa faixa etária, passou de 19% para 26,2% dos casos


A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), divulgou na quinta-feira (16), uma nota de alerta aos municípios catarinenses sobre o perfil dos casos confirmados de dengue no estado.

O perfil epidemiológico em 2023 comparado com o do ano passado apresenta uma proporção maior de casos registrados em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos.

O registro da doença nessa faixa etária, passou de 19% para 26,2% dos casos.

Além disso, o número de casos com sinais de alarme para cada 100 casos de dengue, aumentou nessas idades, de 1,7 passou para 6,7.

O mesmo se reflete nas hospitalizações. Enquanto 2,5% dos casos na população em geral são internados, na faixa etária de 0 a 19 anos, a taxa vai para 31,4%.

“A dengue na criança pode ser assintomática. Ou ela pode apresentar um quadro febril agudo ou ainda sinais e sintomas inespecíficos, tais como fraqueza, fadiga, sonolência, recusa da alimentação e de líquidos, vômitos, diarreia ou fezes amolecidas”, alerta Fábio Gaudenzi, médico infectologista e superintendente de Vigilância em Saúde de SC.

A nota também traz ainda um alerta sobre outros sinais e sintomas da doença em menores de dois anos de idade: choro persistente, adinamia (fraqueza muscular) e irritabilidade, podendo ser confundidos com outros quadros infecciosos frequentes nessa faixa etária.

“O agravamento nas crianças, em geral, é mais rápido que no adulto. Por isso, a importância de suspeitar da doença logo no início dos sintomas e realizar a classificação do paciente o mais precocemente possível, de acordo com o fluxograma de manejo clínico do paciente com dengue. Seguindo as recomendações do documento é possível evitar a ocorrência de casos graves e óbitos pela doença”, ressalta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive.

Além das crianças, são considerados grupos de risco para dengue: gestantes, adultos com idade acima de 65 anos, pessoas com comorbidades, como hipertensão arterial ou outras doenças cardiovasculares graves, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc), asma, obesidade, doenças hematológicas crônicas (principalmente anemia falciforme e púrpuras), doença renal crônica, doença ácido péptica, hepatopatias e doenças autoimunes.

Todos os casos de dengue devem ser monitorados quanto à presença de sinais de alarme, que são os seguintes: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, hipotensão postural, sangramentos de mucosa, letargia (sonolência) ou irritabilidade.

“Outro ponto importante: o tratamento da dengue é a hidratação adequada. Por isso, desde a entrada na unidade de saúde até a alta, a recomendação é hidratar. Isso é essencial para evitar a evolução dos casos leves em graves”, explica Gaudenzi.

De acordo com o último informe, divulgado na quarta-feira, o estado já registra mais de 20 mil focos do mosquito, em 209 municípios.

Já foram confirmados 1.731 casos de dengue. Desses total, a maioria (1.507) são autóctones, ou seja, com transmissão dentro do estado.

Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos.

A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada com o vírus. A principal medida de prevenção da doença é eliminar os criadouros do mosquito.

Fonte: Secom / SC
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